A falta de prática pode ser fatal

Manter-se proficiente vai além de manter as diretrizes estabelecidas nos regulamentos, e estar com a habilitação renovada também não significa que você esteja apto para a ação. Como pilotos, precisamos ser honestos conosco sobre a frequência com que voamos. Se não tivermos voado por algum tempo, temos que admitir que precisamos de um duplo.

Em 7/8/2002, o piloto de um Beechcraft Baron morreu quando caiu na aproximação para a Pista 36 no Aeroporto Festus Memorial, em Festus, Missouri.

O piloto partiu por volta das 10h00 para algumas voltas no circuito de tráfego. No último circuito – que era pela esquerda – o piloto comunicou que tinha ingressado na final mas estava muito próximo para pousar, e estava fazendo uma curva pela direita para reingressar na aproximação final da Pista 36. Os pilotos no aeroporto viram o Baron fazer uma curva acentuada, que parecia ser de 90 graus de inclinação para a direita, pouco antes de descer abaixo do topo das árvores. Testemunhas fora do aeroporto viram o avião inclinar-se para cima em uma atitude de nariz alto, desacelerar e rolar para a esquerda antes de atingir o solo.

O piloto tinha habilitação de piloto privado com qualificação em aviões mono e multimotores. De acordo com a sua caderneta de voo, ele tinha renovado a habilitação em 1/12/2001 e tinha voado apenas uma vez desde então. O piloto tinha cerca de 235 horas de voo, 120 das quais no Baron.

Segundo um dos instrutores de voo do piloto, ele o havia aconselhado a voar mais frequentemente de forma a manter a sua proficiência no Baron. Ele também mencionou que o piloto tinha a tendência de fazer curvas acentuadas no circuito de tráfego.

O NTSB concluiu que a causa do acidente foi a falta de experiência recente do piloto, e a sua falha em manter a velocidade adequada, o que resultou em um estol.

Os regulamentos não especificam o que é necessário para um piloto se manter proficiente, porque isso varia de piloto para piloto. Os padrões determinados pelos regulamentos, tal como a renovação da habilitação a cada dois anos, devem ser considerados como um mínimo. Os pilotos podem ser pró-ativos a respeito de sua proficiência com a ajuda de seus instrutores, elaborando um plano para manter a prática em dia. E então, segui-lo.

Texto original: http://www.aopa.org/asf/epilot_acc/chi01fa237.html

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